Minas Gerais deverá chegar a R$ 6 bilhões em investimentos no setor mineral em agosto, superando a meta anual de R$ 5,7 bilhões, e espera que o estado alcance R$ 11 bilhões no total de aportes ainda neste ano, segundo informações do Instituto Integrado de Desenvolvimento Econômico (Indi).
Em entrevista ao Notícias de Mineração Brasil (NMB), o gerente de promoção de investimentos do órgão, Henrique Tavares Maior Soares, falou sobre a expectativa para os investimentos em solo mineiro.
"Temos Protocolos de Intenções em tramitação, em fase de assinatura, que propiciará o atingimento desta meta (R$ 5,7 bilhões) ainda em agosto, ultrapassando R$ 6 bilhões em formalização. E com os projetos que temos em negociação, espera-se atingir, pelo menos, R$ 11 bilhões em novos investimentos em 2021", diz.
Soares afirma que as substâncias que mais receberam aportes, até o momento, foram minério de ferro e projetos de calcário, que ainda estão em negociação. As regiões mais procuradas foram municípios do Quadrilátero Ferrífero, nas regiões central e metropolitana. Os projetos implementados ou que estão em andamento, no entanto, segundo ele, não podem ser informados pelo "caráter sigiloso da atuação do Indi".
O gerente do instituto afirma que o estado vem buscando parcerias e divulgando oportunidades em minerais estratégicos para atrair novos aportes. "O governo, através do Indi, tem adotado a estratégia de aproximação com empresas, entidades e investidores nacionais e internacionais para divulgar as oportunidades do setor mineral em Minas Gerais, especialmente de minerais estratégicos associados a tecnologias de baterias e semicondutores e novos materiais, como lítio, terras raras, grafita, entre outros", declara.
O governo mineiro também tem trabalhado, conforme Soares, para diminuir a burocracia no setor mineral, o que também atrai a atenção dos investidores. "O estado de Minas Gerais tem avançado na simplificação e desburocratização da análise do licenciamento ambiental, haja vista a criação do Grupo de Desenvolvimento Econômico (GDE), responsável por definir os projetos que terão o licenciamento ambiental analisado pela Superintendência de Projetos Prioritários (Suppri), que acolhe os projetos de maior complexidade", afirma.
Ao todo, os investimentos no setor mineral em 2021 geraram 1.400 empregos, segundo Soares. Foram aproximadamente 200 empregos em projetos que já estão em fase de implementação e mais 1.200 empregos nos projetos já formalizados, mas que ainda não iniciaram a implantação.
Ainda segundo o gerente do Indi, a expectativa é que Minas Gerais tenha uma meta mais ambiciosa de investimentos no setor mineral para o ano que vem do que o previsto para este ano. "Vai depender do contexto do preço do minério, do câmbio e do nível de atividade econômica no cenário doméstico e, especialmente, no cenário externo. É difícil estimar, mas esperamos uma demanda aquecida para minérios associados a tecnologia de baterias como níquel, lítio e nióbio, além da possibilidade do crescimento da produção de minério de ferro. Certamente, teremos uma meta mais ambiciosa para 2022 do que a de 2021", finaliza.
Fonte: Notícias de Mineração do Brasil
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