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Mercado questiona se Vale terá fôlego para cumprir estimativa de 2020


A Vale precisaria elevar a sua produção de minério de ferro em 35% na comparação com o alcançado no segundo trimestre para bater o nível mais baixo da sua meta para 2020, calcula o Credit Suisse.

Em um relatório enviado a clientes após a mineradora divulgar os seus números do período entre abril e junho, os analistas Caio Ribeiro e Gabriel Galvão apontaram que atingir este nível será, ao menos, desafiador.

No relatório trimestral, divulgado nessa segunda-feira (20), a Vale afirmou que, apesar dos impactos causados em suas operações pela Covid-19, manteve inalterada a faixa de meta de produção de 310 milhões a 330 milhões de toneladas em 2020. A empresa ressaltou, porém, que " a extremidade inferior do guidance é o cenário mais provável".

"A Vale teria que produzir aproximadamente 91 milhões de toneladas por trimestre no segundo semestre deste ano para atingir sua projeção, o que significa um aumento de 35% em relação ao segundo trimestre ou 21% a mais em relação ao obtido em junho", revelam.

O Credit Suisse assume que a Vale irá produzir 300 milhões de toneladas em 2020 e 365 milhões em 2021.

"Esperamos uma reação ligeiramente negativa ao relatório de produção, pois a capacidade da Vale de reiniciar as operações paralisadas é, em nossa opinião, um importante evento de risco para sua tese de investimento e uma maneira de diferenciar dos pares australianos (onde o crescimento futuro é muito limitado)", concluem.


No segundo trimestre de 2020, a Vale registrou a produção de 67.598 milhões de toneladas, um aumento de 13,4% na comparação com as 59.605 toneladas do primeiro trimestre e de 5,5% sobre as 65.057 toneladas produzidas no segundo trimestre de 2019.

A recomendação do banco é de compra dos papéis. As informações são do Money Times.


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