O leilão do primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) foi marcado para 8 de abril de 2021. A data consta no edital da concessão para desenvolvimento e exploração da linha férrea, publicado nesta quarta-feira (16) no Diário Oficial da União (DOU) após ter sido aprovado no dia anterior pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O leilão será realizado na B3, em São Paulo. A previsão do governo é de serão necessários investimentos de R$ 5 bilhões no primeiro trecho - um percurso de 537 quilômetros entre Caetité e Ilhéus, na Bahia - durante o período da concessão, que deve ser de 35 anos. De acordo com o Ministério da Infraestrutura (Minfra), a maior parte dos recursos será aplicada "nos primeiros cinco anos do contrato em obras remanescentes e complementares".
O trecho será usado principalmente para o escoamento de minério de ferro de projetos como Pedra de Ferro, da Bahia Mineração (Bamin), e Papa-Mel, da Companhia Vale do Paramirim (CVP), ambos na região de Caetité, além de outras operações menores. A Fiol permitirá o transporte da produção para embarque no futuro Porto Sul, em Ilhéus.
A estimativa é de que a ferrovia permita o embarque de até 80 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, pois, além dos projetos na Bahia, a ferrovia pode atender também o projeto Bloco 8, da Sul Americana Metais (SAM), subsidiária da Honbridge, no norte de Minas Gerais.
Para o titular do Minfra, Tarcísio Gomes de Freitas, o projeto de concessão da Fiol é um dos mais importantes do país e o mais importante da Bahia. "Além de gerar empregos, a Fiol irá reduzir os custos de transporte de minérios destinados aos mercados interno e externo e ampliará a produção agroindustrial da região", disse.
Segundo a Pasta, o plano de extensão da Fiol prevê uma segunda concessão, entre Caetité e Barreiras, também na Bahia, visando a produção de grãos do oeste do Estado, "havendo a possibilidade de integração com a Ferrovia Norte-Sul, indo ao encontro do objetivo de integração das malhas ferroviárias e melhoria das condições logísticas do país".
Fonte: Notícias de Mineração do Brasil
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