O lítio é uma matéria-prima essencial para a transição energética. A expectativa é que a demanda por esse minério deverá crescer em mais de 40 vezes até 2040, segundo projeção da Agência Internacional de Energia (IEA). Cerca de 65% das reservas estão no Chile, Bolívia e Argentina. Entretanto, o Brasil também possui reserva do mineral. Você conhece o Vale do Lítio?
Localizado em Minas Gerais, o Vale do Lítio é formado por 14 cidades: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no Nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no Norte mineiro.
Esses municípios abrigam a maior reserva nacional de lítio. O mineral é utilizado em diversas aplicações, sendo a mais comum a fabricação de baterias de longa duração, que equipam veículos elétricos e aparelhos eletroeletrônicos. Por isso, será um item bastante demandado nos próximos anos pela indústria, de forma geral.
Lançamento mundial do projeto Vale do Lítio
Visando atrair empresas globais da cadeia produtiva do lítio para as regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais, o Governo do Estado lançou nesta terça-feira (9/5), na Nasdaq (EUA), maior bolsa de valores do mundo em negócios de tecnologia e inovação, o projeto Vale do Lítio (Lithium Valley Brazil).
“Esse evento coloca para o mundo a potencialidade do Brasil, mais especificamente, de Minas Gerais, para ser um grande fornecedor deste mineral estratégico que vai ser essencial não só para o país, mas para o mundo”, avaliou o diretor de Relações com Associados e Municípios do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Alexandre Mello, que foi ao lançamento representado o Instituto.
“Queremos que o Vale do Jequitinhonha se transforme no vale da tecnologia para a produção de baterias e demais produtos de valor agregado”, explicou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.
Projetos na região
Atualmente, a Companhia Brasileira de Lítio (CBL) está em operação no Vale do Jequitinhonha. Enquanto isso, a mineradora Sigma obteve licença operacional em março e escoará a primeira leva da produção em maio. Outras empresas, como Latin Resources, Atlas Lithium e Lithium Ionic estão atuando no programa de sondagem. Em Nazareno, cidade na mesorregião do Campo das Vertentes, a empresa AMG também já produz o concentrado de lítio e irá investir em uma planta química para transformar concentrado em carbonato. *Com informações da Agência Minas
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