As indenizações pagas pela Vale aos atingidos pelo rompimento da barragem B1 da empresa em Brumadinho (MG), em 2019, atingiram R$ 2 bilhões. Pouco mais de um ano e quatro meses após a tragédia, pelo menos 10,3 mil pessoas já chegaram a um acordo com a mineradora.
Segundo a Vale, foram 4 mil acordos trabalhistas, envolvendo mais de 2,4 mil pessoas, além de 3,6 mil cíveis, contemplando 7,9 mil pessoas.
"Os números corroboram o compromisso da empresa em indenizar de forma justa e rápida todos aqueles que sofreram algum impacto pelo rompimento da barragem ou pelas evacuações", comenta a Vale.
A assinatura do Termo de Compromisso com a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais ocorreu em abril de 2019, com a mineradora se comprometendo a reparar os danos do rompimento da barragem. Os processos vêm sendo tratados individualmente, com base nas especificidades de cada pessoa impactada.
"Apesar dos imensos desafios trazidos pela pandemia de Covid-19, a empresa manteve seu cronograma de atividades. Visando à saúde e à segurança dos envolvidos, a comunicação com os requerentes foi adaptada para viabilizar as negociações de forma remota", diz a companhia.
Segundo a Vale, desde março de 2020, os atendimentos são iniciados por telefone e seguem de forma on-line, por meio de reuniões e audiências via videoconferência, sempre com a participação de defensor público ou advogado escolhido pelas próprias pessoas. Para a empresa, o novo formato permitiu mais agilidade no contato com os advogados e no andamento dos processos.
Como parte do acordo, a Vale disponibilizou às pessoas indenizadas, assistência psicossocial, educação financeira, orientações para a compra de imóveis e suporte para a retomada produtiva por meio do Programa de Assistência Integral ao Atingido (PAIA). Segundo a companhia, quase 3 mil pessoas já foram atendidas pelo programa, que é voluntário e gratuito.
"As famílias que optam por ingressar na frente de Planejamento e Educação Financeira do programa recebem orientações sobre o uso consciente dos recursos financeiros recebidos, com foco na economia doméstica, promovendo hábitos e atitudes diárias adequadas ao perfil individual e familiar, de forma a dar suporte no direcionamento de suas finanças, proporcionando maior qualidade de vida e autonomia às famílias", explica a Vale.
O rompimento da barragem ocorreu em 25 de janeiro de 2019 e causou a morte de 270 pessoas, das quais 124 eram funcionários da mineradora e 136 terceirizados ou moradores da comunidade do Córrego do Feijão. Dez pessoas ainda estão desaparecidas desde a tragédia, sendo sete operários e outras três entre terceirizados e residentes em Brumadinho.
Fonte: Notícias de Mineração do Brasil
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