A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) poderá chegar a R$ 9 bilhões neste ano, ou até superar, disse na quarta-feira o presidente do conselho diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Wilson Brumer. Segundo ele, números saltam em meio a uma demanda firme chinesa por commodities e altos preços.
Em 2020, o volume total de royalties da mineração já havia batido um recorde, de R$ 6 bilhões.
No acumulado do primeiro semestre de 2021, a arrecadação da Cfem registrada pela Agência Nacional de Mineração (ANM) atingiu R$ 4,47 bilhões. O montante representa crescimento de 111,79% quando comparado com os R$ 2,11 bilhões arrecadados nos seis primeiros meses do ano passado.
De janeiro a maio,o repasse da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais foi de R$3,58 bilhões, valor mais que o dobro do apurado no mesmo período de 2020, quando foram arrecadados R$ 1,7 bilhão.
Faturamento
O setor mineral brasileiro registrou um faturamento de R$ 149 bilhões no primeiro semestre de 2021, contra uma receita de R$ 75,3 bilhões do setor no mesmo período do ano passado. O crescimento é atribuído pelo Ibram principalmente à elevação dos preços das commodities no mercado externo, o que pode levar a mineração brasileira a registrar receita de até US$ 300 bi no ano.
Brumer observou que, além do aumento do preço das commodities, a variação cambial também pesou sobre o crescimento da receita do setor. Em janeiro de 2020, a relação estava em R$ 4,15 = US$ 1, enquanto em junho passado a moeda norte-americana valia R$ 5,04. No caso da produção mineral, o preço médio registrado em janeiro do ano passado foi de US$ 91,04 por tonelada, enquanto no mês passado o valor médio foi de US$ 183,43/t.
As informações são da Reuters.
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