A Equinox Gold anunciou na quarta-feira (16) a aquisição “amigável” da Premier Gold Mines. Com a aquisição, a Equinox passará a deter também a mina de ouro Mercedes, em Sonora, no México, além de 50% de participação no projeto de ouro Hardrock, em Ontário, no Canadá, que será explorado por meio de uma joint venture com a Orion Mine Finance. Segundo a empresa, para o negócio será feito um financiamento de C$ 75 milhões, equivalentes a US$ 59 milhões, “totalmente subscrito por seu presidente, Ross Beaty”.
Pelo acordo, a Equinox vai assumir todas as ações em circulação da Premier, enquanto a Premier distribuirá aos seus atuais acionistas ações de uma empresa recém-criada de produção e desenvolvimento de ouro com foco nos Estados Unidos, que será chamada de i-80 Gold Corp.
"No fechamento da transação, os acionistas existentes da Equinox e Premier possuirão aproximadamente 84% e 16% da Equinox, e a Equinox Gold e os acionistas existentes da Premier possuirão 30% e 70% da i-80 Gold, respectivamente", informou a Equinox em nota.
De acordo com a Equinox, o projeto Hardrock, que está "pronto para o desenvolvimento", tem reservas minerais provadas e prováveis de 5,54 milhões de onças com teor médio de 1,27 gramas por tonelada (g/t) de ouro. O estudo de viabilidade do projeto indica produção média anual de ouro de 414.000 onças com teor médio de 1,45 g/t de ouro nos primeiros cinco anos e produção média anual de ouro de 358.000 onças durante a vida útil inicial da mina de 14 anos.
No comunicado, a Equinox ressaltou que o negócio "aumenta o portfólio de minas de ouro em operação nas Américas com a mina de Mercedes, que adiciona aproximadamente 50.000 onças de ouro por ano (com potencial de expansão de 80.000 a 90.000 onças de ouro anualmente)".
A empresa prevê uma produção de 700.000 onças de ouro em 2021. O volume será alcançado com a produção das minas da Leagold, também adquirida pela Equinox em transação concluída em março passado. Agora, a companhia passará a operar sete minas de ouro, sendo quatro no Brasil (Aurizona, no Maranhão, que já pertencia à Equinox; Fazenda, na Bahia; RDM, em Minas Gerais; e Pilar, em Goiás), além de Mesquite, nos EUA, e Los Filos e Mercedes, no México.
A mineradora declarou que a atual aquisição "reforça a posição da Equinox como o primeiro produtor de ouro das Américas" e que o projeto Hardrock "reforça o robusto pipeline de projetos de crescimento" da empresa, com a adição de aproximadamente 200.000 onças atribuíveis de produção anual de ouro de baixo custo e longo prazo, quando em operação.
De acordo com o presidente Ross Beaty, a transação "é exatamente o tipo de crescimento cumulativo com foco nas Américas que prometemos aos acionistas quando iniciamos a Equinox no início de 2018". "A adição de uma jurisdição de mineração de alto nível em Ontário cria um perfil de risco mais baixo, com maior diversificação de ativos e países", declarou, referindo-se ao projeto Hardrock, que, segundo ele, será "uma mina de ouro excelente, de baixo custo e longa vida".
"Combinar uma participação de 50% no projeto Hardrock permitido e pronto para desenvolvimento com nosso forte balanço patrimonial e fluxo de caixa operacional fornece um caminho claro para a produção de Hardrock que acredito que desbloqueará um valor substancial para acionistas da Equinox Gold e Premier Gold", acrescentou o diretor-executivo da Equinox, Christian Milau.
Já o diretor-executivo da Premier, Ewan Downie, que vai integrar o conselho da concorrente, salientou que a empresa "cumpriu seu compromisso de criar valor para nossos acionistas por meio da abordagem disciplinada de administrar com prudência nossos ativos operacionais enquanto avançava nosso portfólio de desenvolvimento".
Fonte: Notícias de Mineração do Brasil
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