A Companhia Vale do Paramirim (CVP) iniciou na sexta-feira (26) uma campanha de sondagem para ampliação dos recursos do projeto de minério de ferro, cobre e fosfato Papadel, na Província Mineral no vale no Sudeste da Bahia que dá nome à empresa. Segundo o proprietário da companhia, o geólogo João Cavalcanti, a CVP já tem parceria com três grandes bancos para a busca de investidores para aporte de aproximadamente R$ 2 bilhões para o desenvolvimento do projeto.
Cavalcanti afirmou ao Notícias de Mineração Brasil (NMB) que o projeto tem potencial para produção de 30 milhões de toneladas de minério de ferro velho, com teores de até 62% do conteúdo de ferro. De acordo com ele, uma estimativa atual do distrito ferrífero-cuprífero-fosfatado é de aproximadamente 600 milhões de toneladas de minério de ferro.
A análise geográfica do solo também mostrou reserva de 60 milhões a 70 milhões de toneladas de cobre, com variação de 0,15 a 1%, além de 10 milhões de toneladas de minério fosfatado, com presença de apatita, serpentina e magnetita.
"Temos lá Itabirito rico com até 45% de teor e hematita entre 40% e 65%. Esse projeto é considerado uma joia da coroa", gravou Cavalcanti, referindo-se a cinco distritos da Província Mineral que o geólogo considera maior que Carajás (no Pará) e umas das maiores descobertas minerais do século XXI ".
Ele ressaltou ainda que o projeto terá facilidade de licenciamento pelo baixo impacto ambiental, sem necessidade de construção de barragem de rejeitos. "Vou fazer uma britagem, moer e peneirar e classificar por processo eletromagnético. Não é necessário água e não é necessário barragem de rejeitos", disse.
"É o único projeto no Brasil hoje que tem uma rocha magnetita como a Kiruna", completa, citando uma mina secular de minério de ferro do grupo LKAB na Suécia.
O projeto, como os demais distritos da província mineral, fica em um raio de até 80 milhas da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), cujo trecho está com mais de 70% das obras concluídas e será usado para levar o minério até o Porto Sul, em Ilhéus (BA).
O geólogo afirmou que agora vai para o mercado em parceria com um fundo de investimentos e três instituições bancárias, cujos nomes não revela por questões de confidencialidade, para buscar os recursos necessários para o desenvolvimento da operação. "Com essa mina polimetálica, vamos atender o mercado nacional e internacional", concluiu.
Fonte: Notícias de Mineração Brasil
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