Os preços do cobre subiram na sexta-feira (6) após um sindicato da maior mina de cobre do mundo, Escondida, no Chile, dizer aos trabalhadores que se preparem para uma greve que reduzirá a oferta do metal.

Apesar da perspectiva de menores volumes, inclusive com possibilidade de greve também nas minas chilenas Andina, da Codelco, e Caserones, da JX Nippon Mining & Metals, os preços do metal ainda caíram esta semana devido a preocupações de que a demanda na China, um dos principais consumidores, atualmente às voltas com um surto de coronavírus, enfraquecerá.
O cobre de referência na London Metal Exchange (LME) subiu 0,8% para US$ 9.566 a tonelada em 1.033 GMT.
A cotação do metal, no entanto, caiu 1,2% em relação à sexta-feira passada, mas ainda ganhou mais de 20% até agora este ano, com um recorde de US$ 10.747,50 por tonelada alcançado em maio.
"O cobre deve dar uma boa leitura de como a economia está indo, e acho que estamos em uma fase de limbo agora", disse o analista do WisdomTree, Nitesh Shah.
"O crescimento econômico está de volta, mas há algumas dúvidas com a variante Delta (do coronavírus)", disse ele.
Ele disse que o metal usado em energia e construção será sustentado a longo prazo por uma forte demanda por infraestrutura e pouco investimento em novas minas.
Greve
Mais de 2.000 membros do sindicato da mina Escondida rejeitaram uma oferta da BHP. A lei local exige cinco dias de mediação após a rejeição de uma proposta, seguidos de uma possível extensão de mais cinco dias se o acordo não puder ser alcançado.
O alumínio LME subiu 0,6% para US$ 2.602,50 a tonelada, o zinco caiu 0,8% para US$ 3.003, o níquel subiu 0,2% para US$ 19.505, o chumbo caiu 1,3% para US$ 2.331,50 e estanho fechou 0,1% maior para US$ 34.655.
As informações são da Reuters.
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