A Polícia Civil estima que as 80 toneladas de cobre roubados que teriam como destino siderúrgicas no interior de Minas Gerais estejam avaliadas em R$ 4 milhões. O material foi apreendido e é resultado de uma operação realizada pela instituição para combater o roubo de fios de cobre em Belo Horizonte e no interior do estado. A polícia afirmou que o esquema também pode envolver lavagem de dinheiro e organização criminosa.
De acordo com a polícia, que cumpriu mandados de busca e apreensão na terça-feira dia 26, os fios de cobre roubados são vendidos a preço baixo para intermediários, que podem ser ferros velhos e sucateiros. Depois, esse material vai para uma siderúrgica, onde o metal é derretido e vira matéria-prima para voltar ao mercado. Do material apreendido, 25 toneladas estavam em uma carreta encontrada em Contagem (MG).
O delegado-chefe da 1ª Delegacia de Roubo e Furto do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), Rafael Horácio, disse que representantes da Vale, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e de empresas de telefonia serão chamados para fazer o reconhecimento do material. A polícia disse que elas são as principais vítimas do bando.
Três empresas estão sendo acusadas de participar do esquema. O advogado da Leo Metais afirmou que a empresa vai aguardar a conclusão da perícia para se manifestar.
A Pequi Metais declarou que realiza apenas a industrialização de alumínio, que está em contato com a polícia para esclarecer o ocorrido e que apoia qualquer operação contra atos ilícitos.
A reportagem não conseguiu contato com a empresa VJR Metais.
Em Pequi, na região central de Minas Gerais, a polícia também realizou buscas, onde o cobre é fundido. Em buscas nos galpões, os policiais civis encontraram 69 sacos com cobre já triturados. Eles estavam no chão e foram guardados em um contêiner e um caminhão. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.
Na terça-feira, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa de um guarda municipal, que seria o chefe da organização, em Belo Horizonte, e ainda houve buscas em Santa Bárbara, na região central, onde começaram as investigações em outubro. Em dezembro, foram apreendidas 14 toneladas de cobre na porta da empresa de sucatas, em Contagem.
A Corregedoria da Guarda Civil de Belo Horizonte disse que instaurou procedimento administrativo contra o agente - o que pode levar à demissão.
As informações são do G1.
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