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Brasil busca alternativas com suspensão russa

  • jurimarcosta
  • 9 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

Ministra da Agricultura viaja ao Canadá para contornar escassez de fertilizantes no mercado em razão da invasão russa na Ucrânia.




A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, viaja dia 12 de março para o Canadá, quarto maior fornecedor de adubos ou fertilizantes químicos em 2021, atrás apenas de Rússia, China e Marrocos. A ministra tem como objetivo contornar uma possível escassez de fertilizantes no mercado em razão da invasão russa na Ucrânia.


Dentre os nutrientes mais importantes, estão os chamados macronutrientes primários: nitrogênio (que faz a planta crescer), fósforo (faz a planta ficar forte) e potássio (que faz a planta amadurecer), sendo que o último é a maior dependência brasileira. O Brasil importa 95% do potássio que utiliza em suas lavouras e o conflito pode provocar uma onda de desabastecimento, impactando brutalmente a oferta e o preço dos produtos agrícolas. "Estamos dependentes da guerra para abastecer parte do mercado de potássio. Sem ele, pode haver frustração da próxima safra (que começa a ser plantada no segundo semestre)", disse uma fonte do setor. Como o Canadá figura entre os maiores exportadores do planeta, a saída foi buscar alternativas caso a situação se agrave.


Segundo dados da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, 80% do potássio utilizado no mundo é originário de países como Canadá, Israel, Rússia, Belarus e da Alemanha. Como a preocupação do governo é alta, a ministra da Agricultura pediu uma reunião com oficiais canadenses para saber o quanto a mais o país pode fornecer ao Brasil.


Brasil tem estoques para mais três meses


A Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) afirmou que o Brasil tem estoques de fertilizantes para os próximos três meses, de acordo com dados de agentes de mercado. “O volume atual encontra-se acima da média dos anos anteriores”, disse a associação, em nota.


Os países do Leste Europeu representam aproximadamente 25% ou nove milhões de toneladas de todo o volume que o Brasil importa anualmente. A Rússia é um dos maiores fornecedores do mundo de nitrogenados, potássicos e fosfatados. O cloreto de potássio que o Brasil consome é importado de Belarus, país aliado à Rússia no confronto contra a Ucrânia, e que tem sofrido sanções, assim como a nação governada por Vladimir Putin. O Brasil importa anualmente três milhões de toneladas de cloretode potássio.


As sanções impostas a Belarus fazem com que o Brasil deixe de importar 2 milhões de toneladas de potássio originadas no país, devido às medidas impostas por EUA e União Europeia antes do início da guerra na Ucrânia. A publicação dos embargos foi em 2021. A produtora belarussa (Belaruskali) está sancionada pelos EUA desde dezembro e, em consequência dos efeitos das sanções, a Belarusian Potash Company (BPC) declarou força maior em fevereiro de 2022. A companhia admitiu não conseguir cumprir contratos por problemas logísticos. Além disso, os importadores não conseguem efetuar pagamentos.


A Anda se refere aos nitrogenados como “mais um ponto de atenção”, em especial o nitrato de amônia, porque o Brasil importa “volume expressivo” da Rússia. As importações chegam a quase 100% das necessidades do país, segundo dados de consultores.



Fonte: Brasil Mineral, assine e tenha acesso um vasto conteúdo de notícias do setor mineral

 
 
 

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