O Brasil ampliou suas exportações para o mercado canadense e faturou US$ 3,048 bilhões em 2020, conforme a análise Quick Trade Facts, realizada pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) com base no levantamento Comex Stat, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Os dados mostram que os principais produtos exportados foram ouro, alumina calcinada e a categoria que contempla ferro fundido, ferro e aço.
A análise aponta que o ouro em formato bruto (bulhão dourado) está no topo da lista, apresentando um aumento de 148% em comparação a 2019, alcançando o valor de US$ 1.8 bilhão. "O impacto da pandemia na economia global gerou bastante insegurança entre as pessoas. O risco da desvalorização de suas riquezas fez com que recorressem à segurança monetária do ouro. Esse é um fator que estimula a indústria de extração e de transformação do ouro bruto em barras", declarou o diretor de relações institucionais da CCBC, Paulo de Castro Reis.
No segundo lugar aparece a alumina calcinada que, apesar de apresentar o crescimento pequeno de 2%, contemplou 23% do valor exportado ao Canadá em 2020, alcançando US$ 981 milhões, ante ano anterior. "A alumina calcinada, ou óxido de alumínio, é utilizada nos segmentos industriais para fabricação de fibras cerâmicas, refratários, peças automotivas, abrasivos para polimentos e polimento de lentes. O Brasil é um dos principais players globais na produção de alumínio", destaca Reis.
Já a categoria que contempla "ferro fundido, ferro e aço", conforme a CCBC, teve um crescimento do valor de exportação de 108%, estimulado principalmente por "outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, de seção transversal retangular, que contenham, em peso, menos de 0,25 % de carbono", que cresceu 185% em valor exportado, atingindo US$ 233 milhões.
Segundo os dados, também foi surpreendente o crescimento de 268% dos "produtos semimanufaturados, de outras ligas de aços", que atingiu US$ 34 milhões. "Como produto inédito em 2020, temos as exportações de ‘ferro-cromo, com mais de 4 % de carbono', atingindo US$ 1,4 milhão", afirma o diretor da CCBC.
Ainda segundo Reis, as expectativas para o setor de mineração em 2021 são positivas diante do excelente desempenho no ano passado, apesar da pandemia do novo coronavírus. "Mesmo com o impacto nas vendas a partir de abril de 2020, quando a pandemia se intensificou no mundo, a mineração permaneceu em ascensão. Nossas apostas são de que a mineração continuará sendo um setor representativo nas relações bilaterais entre Brasil e Canadá", finaliza.
Fonte: Notícias de Mineração do Brasil
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