O Bank of America (BofA) apontou os papéis da Vale como preferidos no setor, com estimativa de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de US$ 21,1 bilhões em 2021, em relatório divulgado ao mercado na quinta-feira.
O banco afirma que vem elevando as previsões do minério de ferro para "refletir as condições de mercados sustentadas" aguardadas para 2021, destacando fatores como a contínua recuperação da demanda do minério de ferro na China, apesar de uma possível desaceleração do mercado imobiliário do país.
Os analistas Timna Tanners e Leonardo Neratika relembram que o BofA trabalhava com o patamar de US$ 100 a tonelada do minério de ferro para o quarto trimestre deste ano, patamar reajustado para US$ 110. Para 2021, a expectativa é de US$ 90 a tonelada, "o que pressupõe algumas restrições de oferta".
A projeção de Ebitda da companhia em 2021 foi revisada de US$ 20,6 bilhões para US$ 21,1 bilhões. Os analistas destacam sua exposição ao minério de ferro, a avaliação atrativa e um payout "robusto". O relatório observa, porém, que os ganhos com a alta do minério de ferro foram parcialmente compensadas pela previsão de queda no preço do níquel.
"Resolver as obrigações de Brumadinho, alienar ativos de baixo desempenho e recuperar a produção de minério de ferro ao patamar de 400 milhões de toneladas ao ano também podem ajudar a companhia a fechar sua lacuna de avaliação com os pares", afirmam os analistas.
O relatório destaca ainda que o crescimento da demanda chinesa tem sido "impressionante". Para o BofA, o risco de uma eventual queda na demanda chinesa pode estar atrelado à pressão no mercado imobiliário, mas a questão seria atenuada por gastos em infraestrutura e aumento da demanda em eletrodomésticos e veículos.
A estimativa de produção de aço bruto para 2021 foi reajustada para alta de 1,9%, ante alta de 0,4%, após o segmento apresentar um crescimento robusto de 4,3% no comparativo anual mesmo com a pandemia. As informações são do Valor Investe.
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