A Bahia Mineração (Bamin) projeta promover a integração entre o Sul da Bahia e o Norte de Minas Gerais através de um ramal ferroviário ligado à Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), o que ajudaria a região mineira a lidar com os entraves para o escoamento de sua produção. A mineradora, que venceu o leilão para terminar as obras e operar o trecho um da ferrovia, possui ativos minerários no norte de Minas.
De acordo com Paulo Eduardo Pinto, diretor-executivo da TSX Group, empresa responsável pelo desenvolvimento estratégico dos projetos da Bamin, trata-se de um projeto secundário e que, por isso, é necessário que a operacionalização da Fiol ocorra primeiro.
"Este é um projeto secundário, que depende da execução do projeto primário, que é a construção e a operação da Fiol. A Bamin e outras mineradoras são detentoras de ativos minerários no Norte de Minas, que carecem de alternativa de escoamento produtivo. Nesta parte do Estado há boas reservas minerais, projetos interessantes e potenciais que não se traduzem em resultados porque falta uma boa logística de escoamento. Esta seria a solução", declarou.
O executivo afirma que a previsão para que a Fiol inicie a sua operação é de cinco anos. No entanto, ele afirma que, em dois ou três anos, a construção do ramal ligando o Norte de Minas e o Sul da Bahia já seria viável, com a previsão da operação em um período de dez anos.
E para que o projeto seja possível, Paulo Eduardo Pinto disse que a Bamin vai conversar com outras mineradoras do norte de Minas que queiram participar do escoamento produtivo feito pela ferrovia. "A viabilidade econômica será decorrente do interesse de demais players, bem como de condições comerciais. Mas já existe esse debate de integração", revela.
A Bamin arrematou o trecho um da Fiol, que contém 537 quilômetros no trecho entre Ilhéus e Caetité, na Bahia. A concessão vai durar 35 anos.
As informações são do Diário do Comércio.
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