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Bamin apresenta projeto de disposição de rejeitos sem utilização de barragem

Informações sobre o novo modelo foram divulgadas pela empresa no I Encontro dos Comitês de Bacias Hidrográficas Baianos, em Porto Seguro (BA).




A Bamin apresentou, na última segunda-feira (27), durante o I Encontro dos Comitês de Bacias Hidrográficas Baianos (Ecoba), o projeto de disposição de rejeitos, com filtragem e empilhamento a seco para a Mina Pedra de Ferro, em Caetité (BA).


“Decidimos apresentar o projeto no Ecoba justamente porque é um fórum muito importante para se discutir ações que visem melhorar a gestão dos recursos hídricos na Bahia. A filtragem e o empilhamento a seco fazem parte de um projeto que colabora para o uso mais eficiente e responsável da água e proporciona mais tranquilidade e conforto às comunidades localizadas no entorno da estrutura da mina”, afirma a diretora de ESG da Bamin, Rosane Santos.


A diretora apresentou, no evento, a palestra “ESG na Bamin: o futuro que queremos”, na qual detalhou todo o projeto integrado da mineradora, que inclui a Mina Pedra Ferro, em Caetité; o trecho 1 da FIOL (Ilhéus a Caetité) e o Porto Sul (em Ilhéus), e a agenda de ESG da empresa, como os investimentos nos projetos socioeconômicos e o compromisso com Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU).


“Contribuímos com 12 dos 17 objetivos e queremos seguir ampliando essa contribuição”, adianta a diretora. Rosane avalia, ainda, que a agenda ESG não é uma iniciativa exclusiva da empresa, mas ela surge a partir de um processo de escuta que envolve todos os que têm interesse na organização. “Precisa ser uma tratativa e ser relevante para a sociedade como um todo, integrada, transparente e fazer parte da cultura corporativa”, completa.


Projeto pioneiro


Apresentado pelo diretor de Projetos e Implantação, Alberto Vieira, durante o painel “A Segurança das Barragens de Água e Rejeitos na Bahia – O Case Bamin no Sistema de Disposição de Rejeitos”, o projeto de disposição de rejeitos, com filtragem e empilhamento a seco, foi recebido de forma muito positiva. “Temos muito orgulho de sermos pioneiros na Bahia na implantação dessa tecnologia de disposição de rejeitos, sem barragem. Somos a primeira mineradora do Estado a adotar esse processo desde o início. Além dos ganhos ambientais, o maior diferencial é, sem dúvida, nossa licença social ou seja, como cuidamos das pessoas no entorno de nossos empreendimentos”, avalia o diretor.


Representante do Comitê Hidrográfica do Rio de Contas, Edite Caires da Silva elogiou a mudança do projeto. “A iniciativa mostra como a empresa está realmente interligada aos princípios do ESG como mostrado aqui, respeitando a natureza e as pessoas, buscando soluções nas quais todos terão direitos e respeito”, afirmou.


Representante do Comitê Hidrográfica do Rio Grande, Arnaldo José dos Santos, também se mostrou bastante animado e sugeriu avançar com a utilização do rejeito como matéria-prima para pistas de pouso. “Temos vários projetos para implantação de aeroportos na nossa região e os rejeitos poderiam ser uma solução de baixo custo sustentável para as pistas”, sugeriu. O diretor da Bamin respondeu positivamente. “A Bamin terá todo o interesse em promover estudos de viabilidade para contribuir com o desenvolvimento da região, dando uma destinação sustentável para os rejeitos”, adiantou.


O novo modelo de disposição de rejeitos proposto pela Bamin, com filtragem e empilhamento a seco, foi apresentado aos órgãos competentes no início de junho de 2022 e atende a todas as normas brasileiras vigentes e atualizações da Agência Nacional de Mineração (ANM).


Vale lembrar que a Bamin já possui um projeto licenciado pelo Inema, que prevê a construção de uma barragem de rejeitos a jusante com coeficiente de estabilidade e segurança de 2.24, bem acima dos índices exigidos pela legislação brasileira e práticas internacionais, de 1.5.


Participação da Bamin no Ecoba


O Ecoba vai elaborar um plano de trabalho para definir ações prioritárias, debater as consequências das mudanças climáticas e formas de prevenção. Dentre outros temas, será discutida também a recente crise hídrica, com a preocupação de garantir água em quantidade e qualidade para todos. O Ecoba segue acompanhando ações e planos de bacias dos 14 comitês do Estado da Bahia até o dia 29 de junho.


A Bamin participou da abertura do evento, tendo ainda como representantes a Gerente Geral de Meio Ambiente e Relacionamento com a Comunidade do Porto Sul, Caroline Azevedo, e o Gerente Geral de Meio Ambiente e Relacionamento com a Comunidade da Mina Pedra de Ferro e da FIOL 1, Marcelo Dultra. “A gestão dos recursos hídricos é uma das prioridades do nosso projeto integrado mina/ferrovia e porto. Eventos como do Ecoba são de extrema importância para compartilhar experiências e melhorar cada vez mais a gestão de um tema tão crítico como a água”, disse Eduardo Ledsham, CEO da Bamin.



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