A Aura Minerals deve iniciar a construção do projeto de ouro Almas, no Tocantins, ainda em abril. Esta é a data prevista no estudo de viabilidade atualizado para o ativo, que prevê investimento de US$ 72,8 milhões para levar a mina a céu aberto ao ramp-up entre julho e setembro de 2022, com produção comercial no trimestre seguinte.
A Aura contratou a Promon Engenharia para serviços de EPCM (engenharia, compras e gestão da construção) da planta e infraestrutura. Segundo a mineradora, a empresa já iniciou as obras de detalhamento, "a serem desenvolvidas até a fase de ramp up prevista para o quarto trimestre de 2022".
De acordo com o relatório técnico compatível com o NI 43-101 para o projeto, Almas tem nos três depósitos (Paiol, Cata Funda e Vira Saia) e na pilha de lixiviação recursos medidos e indicados totais de 23.250.920 toneladas, com teor de 1 g/t Au, para 745.445 onças de ouro.
As reservas minerais de Almas são de 20.607.332 toneladas, com teor de 0,92 g/t Au, para 608.373 onças do metal amarelo.
De acordo com o documento, Paiol possui 10.780.501 toneladas a 0,88 g/t Au para 304.446 onças de ouro na categoria provável e 5.357.974 toneladas a 0,89 g/t Au para 152.683 onças na categoria provada.
Já o depósito Cata Funda tem 438.612 toneladas a 1,89 g/t Au para 26.711 onças na categoria provável e 250.163 toneladas a 1,79 g/t Au para 14,412 onças na categoria provada.
E Vira Saia, segundo o relatório, tem 3.134.066 toneladas com teor médio de 0,91 g/t Au para 91.758 onças na categoria provável e 646.016 toneladas a 0,88 g/t Au para 18.363 onças na categoria provada.
A vida útil da operação é de 17 anos, durante os quais a mineradora prevê produção média anual de 51.000 onças entre 2023 e 2026; de 43.000 onças de 2027 a 2031; e de 20.000 onças de ouro de 2032 a 2039. A Aura ressalta que essa produção é estimada "sem considerar o potencial de expansão das reservas minerais".
Considerando o preço médio do ouro de US$ 1.558/onça, o estudo de viabilidade para o projeto aponta um valor presente líquido (VPL) de US$ 183 milhões e taxa interna de retorno (TIR) após impostos de 44%, com payback em dois anos.
"Assumindo um preço do ouro de US$ 1.800 por onça, a taxa interna de retorno após os impostos atinge 57% e o VPL após os impostos, US$ 260 milhões", observou a empresa.
O diretor-executivo da Aura, Rodrigo Barbosa, salientou que o estudo demonstra o "valor a ser gerado" com o projeto, assim como "a acertada estratégia de fusão com a Rio Novo", proprietária do projeto, ocorrida em 2018.
"Como resultado do esforço de toda equipe, alcançamos otimizações importantes no projeto, através da construção de um futuro mais seguro e sustentável, enquanto também potencializa crescimento e retornos financeiros", disse o executivo.
"Como sempre, Aura está focada no desenvolvimento de projetos de baixo risco, com foco na redução do payback enquanto mantém a flexibilidade para acessar upsides com investimentos adicionais em exploração para expandir recursos no momento em que Almas se aproximar do início de sua operação", completou.
Fonte: Notícia sde Mineração do Brasil
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