A Agência Nacional de Mineração (ANM) apreendeu na sexta-feira (21) 70 mil toneladas de minério de manganês no Porto de Vila do Conde, principal ponto de exportação do Pará, no município de Barcarena. O material apreendido, extraído ilegalmente, foi avaliado em mais de R$ 60 milhões, informou a agência em comunicado.
"Esta é uma ação da ANM em uma operação contra o manganês ilegal dentro das faixas de servidão da linha de transmissão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Essa atividade ilegal coloca em risco as torres da usina e estamos com operações de inteligência junto com a Polícia Federal para combatê-la", disse na nota o diretor da ANM, Eduardo Leão.
Segundo a agência, a carga seria exportada para a China e estava sendo extraída no sul do Pará de forma ilegal. A ANM afirma que foram expedidos quatro autos de apreensão de minério de manganês ilegal.
Os lotes eram das empresas Sigma Extração de Metais (37 mil toneladas), Timbro (SC) Comércio Exterior (18 mil toneladas), RMB Manganês (3 mil toneladas) e Chin Vest Comércio Importação e Exportação (12 mil toneladas). "Nenhuma possui autorização de extração para manganês. As empresas vão ser processadas e o material será disponibilizado em leilão", diz a ANM.
A agência esclarece que a Timbro tinha autorização para garimpo e o manganês não pode ser lavrado por garimpo. Já a RMB pediu renovação de título minerário, que ainda não foi concedido pela ANM. A Sigma e a Chin Vest expediram nota fiscal do estado de Goiás, mas não há registros de entrada do material no Pará, o que caracteriza que a lavra estava sendo feita no estado paraense, de acordo com a ANM.
O minério de manganês é utilizado fabricação de ligas metálicas, combinado especialmente com o ferro, na produção de aço. De acordo com dados da ANM, o Brasil é um grande produtor deste tipo de minério e a maior parte da produção vai para o mercado chinês. Com informações da Reuters e da IstoÉ.
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