A AngloGold Ashanti está investindo R$ 1,6 bilhão na implantação de uma metodologia de disposição de rejeitos a seco nas suas operações em Minas Gerais e Goiás. O objetivo é não enviar mais rejeitos, do modo convencional, para as suas barragens a partir de 2022, e aumentar a segurança para empregados e comunidades, além de deixar um legado de sustentabilidade. Até 2022, o método de disposição a seco vai substituir a deposição convencional de rejeitos em barragens e trazer como vantagens o incremento na segurança de estruturas geotécnicas e a redução do uso de água. "É importante lembrar que as barragens da AngloGold Ashanti estão estáveis e seguras, uma vez que todas são diariamente monitoradas e estão dentro das normas exigidas. A novidade, no entanto, reforça o compromisso da companhia com a utilização de tecnologias mais modernas, estruturas ainda mais seguras e a busca por soluções para dispor os rejeitos de forma cada vez mais eficiente", comenta Camilo Farace, vice-presidente da AngloGold Ashanti Brasil. Até o final, o projeto irá viabilizar a contratação de aproximadamente duas mil pessoas e envolve intervenções em quatro unidades operacionais: Cuiabá (Sabará), Planta do Queiroz (Nova Lima) e Córrego do Sítio (Santa Bárbara), em Minas Gerais; e Serra Grande (Crixás), em Goiás.
O rejeito da mineração é composto pela mistura de água e a parte sem aproveitamento econômico do minério. Após a produção de ouro, no caso da AngloGold Ashanti), a polpa segue para a barragem de rejeito, onde é disposta de forma controlada. Com o método a seco, todo o rejeito gerado será filtrado, eliminando por completo a água desse material. O rejeito a seco já é usado para preenchimento das cavas exauridas ou em pilhas. Com a conclusão do processo, esses espaços serão revegetados por plantas nativas de suas regiões. Mesmo assim, ao final da implementação, todas as áreas continuarão sendo monitoradas pela AngloGold Ashanti.
A barragem de rejeito da Mineração Serra Grande, em Crixás (GO), deixará de receber rejeitos em polpa neste mês de setembro, com o método de disposição a seco substituindo a deposição convencional de rejeitos em barragens. Cerca de 500 pessoas trabalharam no pico das obras (julho) na implantação da disposição de rejeito a seco nas Operações Serra Grande. As obras de reforço da barragem já foram concluídas, um passo importante para o processo de descaracterização da estrutura. Já para a planta de filtragem, foi realizada a aquisição de três filtros, que já estão na unidade. A AngloGold Ashanti também prossegue com os estudos de engenharia da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e das pilhas para deposição do rejeito em polpa.
Em Córrego do Sítio, em Santa Bárbara (MG), a Anglo terá uma barragem de rejeito e uma de sedimentos, e 50% dos rejeitos oriundos das atividades já são dispostos a seco, aliando o desenvolvimento econômico à sustentabilidade ambiental. No pico das obras, em julho, cerca de 750 pessoas trabalharam na implantação da disposição de rejeito a seco nas Operações Córrego do Sítio. A AngloGold está com obras preliminares em andamento para o reforço estrutural da barragem, com previsão de início em setembro, e o preenchimento da barragem de CDSII com rejeito filtrado, já como parte do processo de descaracterização. A mineradora vai instalar também quatro filtros na unidade - o primeiro foi instalado em 2019. A unidade já conta com três filtros para a filtragem e receberá mais um para aumentar confiabilidade do sistema.
Na operação Cuiabá, em Sabará (MG), a AngloGold Ashanti contou com 280 trabalhadores no pico das obras em julho para a implantação da disposição de rejeito a seco nas operações Cuiabá. Em 2020, a companhia concluiu a etapa de engenharia e a aquisição de equipamentos para a nova planta de filtragem da unidade, atualmente com a montagem em fase de conclusão. Em 2021, a empresa segue com as obras para instalação do segundo e terceiro filtro cerâmico, previstos para começar operar em setembro de 2021. Já na planta de Queiroz, em Nova Lima (MG), a companhia teve cerca de 300 trabalhadores no pico das obras na implantação da disposição de rejeito a seco na Planta do Queiroz. Na unidade metalúrgica estão em andamento três grandes projetos: novo aterro industrial, descaraterização da barragem de Calcinados e a Planta de Filtragem. Em 2020 foi concluída a primeira etapa da descaracterização da estrutura, com a execução de aproximadamente 100 mil metros cúbicos de estéril como reforço. A meta para o primeiro trimestre de 2022 é a conclusão da Planta de Filtragem da unidade.
A AngloGold Ashanti recebeu, em setembro de 2021, as novas declarações de condição de estabilidade de todas as suas sete barragens de rejeitos, localizadas em Minas Gerais e Goiás, emitidas por auditoria externa. Foram atestadas as seguintes barragens: Cuiabá (Sabará, MG), CDS I e CDS II (Santa Bárbara, MG), Cocuruto, Calcinados e Rapaunha (Nova Lima, MG) e Serra Grande (Crixás, GO). A evolução das obras de implementação do método de disposição de rejeito a seco podem ser vistas no site: https://www.anglogoldashanti.com.br/disposicaoaseco/ .
Fonte: Brasil Mineral
Comments