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Analistas dizem que Vale está no caminho certo para recuperar confiança


A mineradora Vale está no caminho certo para recuperar a confiança da sociedade e dos investidores, de acordo com analistas do Bradesco BBI depois de uma reunião com o diretor-presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo, e o diretor financeiro, Luciano Siani.

Segundo os profissionais, a mensagem passada pela administração da Vale foi positiva, embora fosse esperado um acordo mais rápido entre a companhia e as autoridades sobre as indenizações referentes ao desastre de Brumadinho (MG). A mineradora espera que os acordos finais sejam anunciados no fim de 2019 ou no início de 2020, dizem os analistas.

Pelo lado positivo, as provisões adicionais relacionadas ao caso devem ser registradas no segundo trimestre, o que deve fornecer uma estimativa melhor do valor total que será gasto com o caso. "A administração parece concordar com a nossa estimativa de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões", de acordo com um trecho do relatório.

Quando os investidores entenderem que é improvável que as compensações ultrapassem esse número, é esperado que as ações sejam reclassificadas, afirmam os profissionais do Bradesco BBI.

Atualmente, a Vale é negociada a um preço equivalente a 4 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) esperado para 2020, relação mais baixa dentro do histórico da companhia e com um desconto de 40% para sua concorrente Rio Tinto.

Produção

A Vale disse que espera retomar, em breve, a produção de 30 milhões de toneladas de minério de ferro de Brucutu, reduzindo parte da produção de 90 milhões de toneladas suspensa após o desastre de Brumadinho. A informação aparece em relatório da XP Investimentos a clientes, com comentários sobre a reunião de ontem.

A produção de 30 milhões de toneladas de minério de Alegria, Vargem Grande e Timbopeba ainda aguarda o licenciamento para processamento a seco e pode ser retomada de forma gradual ao longo do segundo semestre de 2019, diz a analista Betina Roxo, que assina o relatório. A produção de outras 10 milhões de toneladas foi retomada por meio de processamento a seco.

No mesmo relatório, a equipe de análise da XP declarou que a Vale estuda expandir a produção de Carajás Serra Sul para 150 milhões de toneladas, visando aumentar o processamento a seco e reduzir o uso de barragens de rejeitos, aumentar a flexibilidade operacional e logística em produtos premium e produção de pellet feed no Brasil.

Sobre os preços do minério, a administração da Vale disse aos analistas que não considera o preço nos níveis atuais sustentável e que acredita que manter a produção baixa para sustentar os preços poderia incentivar novas capacidades no médio prazo, não sendo, portanto, a estratégia ideal.

Os analistas do BTG Pactual disseram que a administração da Vale adotou um tom "prudente", esperando "recuperar o direito" de distribuir dividendos aos acionistas depois do desastre de Brumadinho, e que o retorno dos pagamentos é apenas uma questão de tempo. A avaliação está em relatório enviado a clientes hoje.

No geral, o BTG diz que a mineradora está focada na melhoria da segurança e no aumento da previsibilidade das operações, algo crucial para a avaliação de seus papéis. O banco manteve a recomendação de compra para os recibos de ações (ADRs) da Vale, com preço-alvo de US$ 15,50. As informações são do Valor Econômico.

Fonte:https://www.noticiasdemineracao.com/finan%C3%A7as/news/1365195/analistas-dizem-que-vale-est%C3%A1-no-caminho-certo-para-recuperar-confian%C3%A7a


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