A Omex Global e a belga Tony Goetz assinaram, dia 5 de fevereiro, um Protocolo de Intenções com o Governo do Pará para a instalação da primeira fábrica de refino de ouro da região Norte do Brasil. A unidade, com capacidade para 20 t/ano, será construída em Belém. Alinhado ao Programa Pará 2030, que tem como objetivo verticalizar o setor mineral no Estado, o projeto traz em sua concepção o uso de tecnologia de ponta para o refino do metal.
Os investimentos previstos – próprios da Omex Global – variam entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões e durante as obras deverão ser gerados por volta de 50 empregos, entre diretos e indiretos. A nova fábrica deverá ser construída em 18 meses. Representantes das mineradoras Serabi e Eldorado Gold, potenciais clientes da Omex, estiveram presentes na cerimônia de assinatura do acordo, assim como diretores da Associação Comercial e da Federação das Indústrias do Pará, além da Infraero.
Conforme salienta Roselito Soares, CEO da Omex Global, a nova refinadora irá atender especialmente aos estados do Amapá, Pará, Tocantins, Bahia, Maranhão, Rondônia e Mato Grosso, diminuindo assim os custos logísticos das mineradoras dessas localidades que hoje dependem das purificadoras de ouro situadas na região Sudeste do Brasil.
Soares praticamente iniciou sua vida profissional comprando ouro diretamente de garimpos em uma empresa da família. Mas, insatisfeito com a falta de regras para o setor, decidiu criar, em 2014, um sistema diferente que permitisse fazer negócio diretamente com o minerador. Dessa ideia acabou nascendo a Omex Global, exportadora brasileira de ouro que iniciou suas atividades em 2017 já com o diferencial de assegurar maior agilidade e competitividade ao setor.
Para conseguir agilidade, Soares conta que foi providenciada toda uma estrutura própria de transporte, com carros-fortes, aviões e helicópteros, além de um seguro confiável. Na parte de purificação do ouro, item bastante exigido pelos compradores internacionais, foi estabelecida a parceria com a empresa Tony Goetz, cujos laboratórios são certificados pelo instituto “Koninklijke Munt van België”, da Bélgica.
Fonte: Brasil Mineral