18 de mai de 2023
O lítio é uma matéria-prima essencial para a transição energética. A expectativa é que a demanda por esse minério deverá crescer em mais de 40 vezes até 2040, segundo projeção da Agência Internacional de Energia (IEA). Cerca de 65% das reservas estão no Chile, Bolívia e Argentina. Entretanto, o Brasil também possui reserva do mineral. Você conhece o Vale do Lítio?
Localizado em Minas Gerais, o Vale do Lítio é formado por 14 cidades: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no Nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no Norte mineiro.
Esses municípios abrigam a maior reserva nacional de lítio. O mineral é utilizado em diversas aplicações, sendo a mais comum a fabricação de baterias de longa duração, que equipam veículos elétricos e aparelhos eletroeletrônicos. Por isso, será um item bastante demandado nos próximos anos pela indústria, de forma geral.
Visando atrair empresas globais da cadeia produtiva do lítio para as regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais, o Governo do Estado lançou nesta terça-feira (9/5), na Nasdaq (EUA), maior bolsa de valores do mundo em negócios de tecnologia e inovação, o projeto Vale do Lítio (Lithium Valley Brazil).
“Esse evento coloca para o mundo a potencialidade do Brasil, mais especificamente, de Minas Gerais, para ser um grande fornecedor deste mineral estratégico que vai ser essencial não só para o país, mas para o mundo”, avaliou o diretor de Relações com Associados e Municípios do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Alexandre Mello, que foi ao lançamento representado o Instituto.
“Queremos que o Vale do Jequitinhonha se transforme no vale da tecnologia para a produção de baterias e demais produtos de valor agregado”, explicou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.
Atualmente, a Companhia Brasileira de Lítio (CBL) está em operação no Vale do Jequitinhonha. Enquanto isso, a mineradora Sigma obteve licença operacional em março e escoará a primeira leva da produção em maio.
Outras empresas, como Latin Resources, Atlas Lithium e Lithium Ionic estão atuando no programa de sondagem. Em Nazareno, cidade na mesorregião do Campo das Vertentes, a empresa AMG também já produz o concentrado de lítio e irá investir em uma planta química para transformar concentrado em carbonato.
*Com informações da Agência Minas