23 de nov de 2022

Condutas antissindicais continuam assolando os trabalhadores da FBDM/EQUINOX

O Sindimina - Serrinha e Região continua recebendo inúmeras reclamações dos trabalhadores sobre a conduta de alguns Supervisores/Gestores da FBDM /EQUINOX, na Mineração de Barrocas, na área da Mina e da Oficina Central. Diante disso, o Sindimina tem aproveitado as reuniões de negociações dos Acordos Coletivo de Trabalho para colocar essas situações em pauta, levando-as ao conhecimento do Gerente de RH para que ele possa tomar as devidas providências.

NÃO ACOLHIMENTO DE ATESTADOS MÉDICOS DE DIRETORES SINDICAIS

Empresa não abonou os dias e ainda aplicou suspensão e advertência.

Recentemente tivemos dois diretores do Sindimina que, além de ter ficado com faltas, receberam advertência e suspensão por alguns dias. Um diretor foi penalizado porque apresentou atestado depois da data, mesmo tendo informado para a empresa da sua necessidade de ausência.

Já o outro, entregou um Atestado de Comparecimento para o Supervisor direto, que jogou o atestado na mesa e disse que não poderia aceitá-lo porque o Gerente da Oficina havia reclamado dessa situação. Optou então por aplicar ao diretor uma suspensão de dois dias, alegando também de que o atestado não tinha o CID.

Essas duas situações envolvendo diretores do Sindimina demonstram como têm sido tratados os trabalhadores da FBDM e nos causa grande indignação. Essa situação de entrega de atestados médicos é algo corriqueiro. Se a empresa criou um procedimento diferente, deveria informar para os Trabalhadores.

Ademais, no caso da entrega dos atestados ser feita de forma diferente do procedimento adotado pela empresa, o correto seria aplicar a falta do dia do atestado. Mas nos parece que o problema não são os atestados em si, mas o fato dos dois trabalhadores serem Diretores do Sindimina. Por isso que, além da empresa não aceitar os atestados, aplicou advertência e suspensão, o que pode ser configurado como uma perseguição ao Diretor Sindical.

TRABALHADOR DA OFICINA CENTRAL FOI HUMILHADO APENAS POR CONVERSAR COM UM DIRETOR SINDICAL

Chamado a sala do gerente foi recebido com gritos e até ameaça de demissão

No último dia 09/11, recebemos a denúncia de que um trabalhador da Oficina Central se dirigiu ao setor de Lavagens para levar algumas peças para higienização. Enquanto aguardava outro trabalhador enquanto que iria fazer esse serviço, durante o processo de limpeza, o Gerente sentiu-se incomodado porque o Diretor Sindical estava no local. Em razão disso, foi convocado por um Gerente da oficina a comparecer a sua sala. Ao chegar no foi recebido com gritos, humilhação.

O tal gerente exigiu que o Trabalhador não conversasse com o Diretor Sindical. Vale ressaltar que esse trabalhador vítima desse assédio tem quase 32 anos que trabalha na Mineração Fazenda Brasileiro e a humilhação foi tão grande que ele não conseguiu desempenhar o servi-ço da mesma forma, devido ao estado de saúde emocional.

Outro fato interessante dessa situação é que, nesse mesmo dia, no DDS, o tema foi SINDROME DE BURNOUT OU SINDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL. A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. O desafio é saber como é possível transformar esse ambiente na área da FBDM em um local saudável se ainda existem chefes agindo como verdadeiros Capitães do Mato?

Acreditamos que essas pessoas, que deveriam agir como líderes, são totalmente despreparadas para trabalhar com seres humanos ou estão com um distúrbio psíquico e a empresa ainda não percebeu. Se a empresa não concorda com essa forma de gerenciar, deverá dar uma atenção maior a saúde mental desses supervisores e gestores e, se não tiver jeito, trocá-los de função.

É importante frisar que a empresa tem um “CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA EMPRESARIAL” onde exige Obrigações Básicas, Princípios Básicos, Cumprimento das Leis, Respeito e Tolerância, Conduta Abusiva ou Perturbadora e tantas outras escritas nesse “Código de Conduta” que deve ser seguido por todos, inclusive por Supervisores e Gestores.

Não dá mais para continuar com esse tipo de conduta no ambiente de trabalho. Será que esses Supervisores/Gestores teriam a coragem de tratar os seus familiares, principalmente os filhos, da forma como tratam os Trabalhadores?

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